DATA.WEB.MEMORY

AN EXTENSION OF BROWSING EXPERIENCE

KEYWORDS

Digital Footprint;
Browsing;
Personalization;
Extension;
Visualization.

AUTHOR

Ana Durão

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How much of us exists on the Internet? Voluntarily or involuntarily, significant parts of our lives are documented online. Today's social networks display the content we want, yet they also keep a record of past actions that we often no longer remember. We allow Google to archive us, to store what we are as data. It knows our age, our searches, the places we go to, or even our preferences and behavioral patterns. The smartphone is with us at the table, by the plate, by the bed, programmed to wake us up the next day. It knows our sleep cycles and our habits. It fills our time when we have nothing to do with our eyes or hands. It is an intimate tool, an extension of ourselves.

We know that our online movements are constantly being archived, yet we are rarely confronted with this tracking. Web.Data.Memory proposes an encounter with our online actions through the development of a browser extension that collects data regarding three parameters: the time we use on the internet, the movement and distance traveled by the cursor on the screen, and finally, the keyboard input record, because the word, what we type and how we do it, characterizes us.

This extension of browsing experience is available on the project page, which includes a visualization generated from my own navigation data. For each user to generate their own data portrait, they need to install the extension and then return to the page to see the resulting visualization. As long as the extension is active, the portrait will be constantly evolving. The web becomes a repository of data, and the data an extension of memory.

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DADOS.WEB.MEMÓRIA

UMA EXTENSÃO DA EXPERIÊNCIA DE NAVEGAÇÃO

PALAVRAS-CHAVE

Pegada Digital;
Navegação;
Personalização;
Extensão;
Visualização.

AUTHOR

Ana Durão

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Quanto de nós existe na internet? Voluntária ou involuntariamente, partes significativas da nossa vida estão documentadas online. As redes sociais atuais exibem o conteúdo que desejamos, mas também mantêm o histórico de ações passadas, de que muitas vezes já não temos memória. Permitimos que o Google nos arquive, que guarde o que somos enquanto dados. Sabe a nossa idade, as nossas pesquisas, os locais que frequentamos ou até as nossas preferências e padrões de comportamento. O telemóvel está connosco à mesa, junto ao prato, junto à cama, programado para nos acordar no dia seguinte. Conhece os nossos ciclos de sono e os nossos hábitos. Preenche-nos o tempo quando não temos o que fazer nem com os olhos nem com as mãos. É uma ferramenta íntima, uma extensão de nós próprios.

Sabemos que os nossos movimentos online estão constantemente a ser arquivados, no entanto raramente somos confrontados com esse rastreio. Web.Data.Memory propõe um encontro com as nossas ações online através do desenvolvimento de uma extensão de browser que recolhe dados relativos a três parâmetros: o tempo que usamos na internet, o movimento e a distância percorrida pelo cursor no ecrã e, por fim, o registo de input do teclado, porque a palavra, o que escrevemos e como o fazemos, caracteriza-nos.

Esta extensão da experiência de navegação está disponível na página do projeto, que inclui uma visualização gerada a partir dos meus próprios dados de navegação. Para que cada utilizador possa gerar o seu próprio retrato de dados é necessário que instale a extensão e posteriormente regresse à página para ver a visualização resultante. Enquanto a extensão estiver ativa, o retrato estará em constante evolução. A Web torna-se um repositório de dados, e os dados uma extensão da memória.

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(RE)CONFIGURING THE ARCHIVE

EXPERIMENTS IN CONTENT VISUALIZATION AND EXPLORATION

KEYWORDS

Digital Archive;
Database;
Remediation;
Representation;
Interaction.

AUTHOR

Beatriz Querido

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Archiving implies practices of storage and organization of contents that aim at their revisitation and consultation, as a process of memory reconstruction. With the digitization of the archive, these processes include software-based data manipulation and visualization, enabling malleable and changeable configurations of the archive, and imprinting a new elasticity to the ways of visualizing and exploring its contents.

(Re)configuring the Archive explores possibilities for presenting and interacting with the contents of the archive through the development of dynamic and explorable visualizations. Starting from an exploratory research around the structure of the digital archive, its data, metadata, and algorithmic management, the project aims at the implementation of different modes of content visualization. In particular, it focuses on their applicability to different databases of varying length and complexity.

Developed as an experimental exercise on presentating academic production in communication design, (Re)configuring the Archive contrasts the visualization of contents through a relational network with a visualization of thematic clusters organized by keywords. These visualization modes seek to highlight the relationships between project typologies and reveal their conceptual affinities. In this manner, it seeks to encourage an exploration of the content of the archive, encouraging new readings and associations through visualization.

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(RE)CONFIGURAR O ARQUIVo

EXPERIÊNCIAS EM VISUALIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE CONTEÚDO

PALAVRAS-CHAVE

Arquivo Digital;
Base de Dados;
Remediação;
Representação;
Interação.

AUTOR

Beatriz Querido

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Arquivar implica práticas de armazenamento e organização de conteúdos que visam a sua revisitação e consulta, como um processo de reconstrução da memória. Com a digitalização do arquivo, estes processos incluem a manipulação de dados baseada em software, permitindo configurações maleáveis e mutáveis do arquivo, e imprimindo uma nova elasticidade às formas de visualização e exploração dos seus conteúdos.

(Re)configuring the Archive explora possibilidades de apresentação e interação com o conteúdo do arquivo através do desenvolvimento de visualizações dinâmicas e exploráveis. Partindo de uma investigação exploratória em torno da estrutura do arquivo digital, dos seus dados, meta dados e gestão algorítmica, o projeto visa a implementação de diferentes modos de visualização de conteúdo. Incide, em particular, na sua aplicabilidade a bases de dados distintas, de extensão e complexidade variáveis.

Desenvolvido como um exercício experimental de apresentação da produção académica em design de comunicação, (Re)configuring the Archive contrasta a visualização de conteúdos através de uma rede relacional com uma visualização de agrupamentos temáticos organizados por palavras-chave. Estes modos de visualização procuram realçar as relações entre tipologias de projetos e revelar afinidades conceptuais. Desta forma, procura-se promover a exploração do conteúdo do arquivo, incentivando novas leituras e associações através da visualização.

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DEAR SELF

AN INTIMATE DATA PORTRAIT

KEYWORDS

Data Portrait;
Data Humanism;
Personal Data;
Visualization;
Autoethnography.

AUTHOR

Carina Sousa

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Data portraits are representations of individuals made by visualizing data produced by and about them. As visualizations based on personal data, these portraits can function as data mirrors in that they reveal behavioral patterns of the subject portrayed. Dear Self explores the potential of data portraits as a tool for self-knowledge through the representation of personal experience, from an auto ethnographic perspective. To this end, it draws on biometric, behavioral, and social data, and follows the Observe–Collect–Draw method, proposed by Lupi and Posavec, in order to portray the psychological and emotional state of the subject. It is devised as a self-portrait in which the resulting visualizations represent my experience during two equivalent 15-day periods, enabling comparison between the days prior to my burnout diagnosis and, in the following year, the recovery and vacation context.

The visualization strategy is based on a mandala, evoking its spiritual role as a therapeutic resource oriented toward an encounter with the Self. This visual metaphor is explored in the form of small multiples that allow me to confront the impact of daily activities on my state of mind. The geometrization of the forms creates an abstraction suggestive of the difficulty of accessing the inner Self. In this manner, and by emphasizing the combination of manual and digital processes in its elaboration, Dear Self materializes as a personal data diary, in a printed publication and a web page.

The project's intention is to reveal how, within the current context of proliferation of personal data that raises questions about privacy and surveillance, we can also take advantage of the collection and analysis of our personal data for self-knowledge purposes.

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DEAR SELF

UM RETRATO DE DADOS ÍNTIMO

PALAVRAS-CHAVE

Retrato de Dados;
Humanismo de Dados;
Dados Pessoais;
Visualização;
Autoetnografia.

AUTOR

Carina Sousa

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(MIS/DIS)INFORMATION

A WALK-THROUGH THE WHYS AND HOWS OF DISINFORMATION

KEYWORDS

Disinformation;
Dissemination;
Literacy;
Fake News;
Propaganda.

AUTHOR

Joana Ribeiro

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Disinformation is not a recent concept, but thanks to the massification of online information sharing, the phenomenon takes on a new dimension and strength. We are witnessing an information disorder of inaccurate and/or intentionally misleading information. The scale of the phenomenon relates to how traditional media, such as newspapers and television, are gradually forced to adapt their methods of disseminating information as a consumable commodity of the digital space. This shift reconfigures the ways in which online information is monetized, which paves the way for the lucrative business of disseminating disinformation.

The (Mis/Dis)Information project analyzes and breaks down this ecosystem into its parts, providing a walk-through the Whys and Hows of misinformation. As Claire Wardle states "To understand the current information ecosystem, we need to break down three elements: the different types of content that are being created and shared; the motivations of those who create this content and the ways this content is being disseminated".

Based on Paulo Pena and Claire Wardle's studies, a narrative is devised in an explorable three-dimensional space that exposes the cycle of disinformation dissemination, from its genesis, origins and motivations to the way it is made. According to this diagrammatic approach, the project seeks to promote literacy on the dissemination of disinformation, whether accidental, intentional, or malicious, and to raise awareness about the implications of this phenomenon.

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(MIS/DIS)INFORMATION

UM PERCURSO PELOS PORQUÊS E COMOS DA DESINFORMAÇÃO

PALAVRAS-CHAVE

Desinformação;
Disseminação;
Literacia;
Fake News;
Propaganda.

AUTOR

Joana Ribeiro

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A desinformação não é um conceito recente, mas graças à massificação da partilha de informação online, o fenómeno ganha uma nova dimensão e força. Assistimos a um distúrbio de informação imprecisa e/ou intencionalmente enganosa. A escala do fenómeno relaciona-se com a forma como os media tradicionais, como os jornais e a televisão, são gradualmente obrigados a adaptar os seus métodos de difusão de informação como um bem consumível do espaço digital. Esta mudança reconfigura as formas de monetização da informação online, que abrem caminho para o negócio lucrativo da disseminação de desinformação.

O projeto (Mis/Dis)Information analisar e decompor esse ecossistema nas suas partes, proporcionando um percurso pelos Porquês e Comos da desinformação. Como Claire Wardle afirma "Para compreender o atual ecossistema de informação, precisamos de o decompor em três elementos: os diferentes tipos de conteúdo que estão a ser criados e partilhados; as motivações daqueles que criam este conteúdo e as formas como este conteúdo está a ser disseminado".

Com base nos estudos de Paulo Pena e Claire Wardle, é elaborada uma narrativa num espaço tridimensional explorável que expõe o ciclo de disseminação de desinformação, desde a sua génese, origem e motivações, até à forma como é feita. Segundo esta abordagem diagramática, o projeto procura promover literacia sobre a disseminação de desinformação, seja esta acidental, intencional, ou maliciosa, e sensibilizar para as implicações deste fenómeno.

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QUEER ARCHIVE

AN IMAGINED CURRICULUM

KEYWORDS

Queer Culture;
LGBTQ+ Identities;
Graphic Design;
Archive;
Curriculum.

AUTHOR

João dos Santos

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Queer Archive is an archive under construction that fuels the making of in an imagined curriculum; a curriculum designed for my peers out of a desire to contextualize the LGBTQ+ community within communication design. As a member of the queer community and a designer, I am interested in questioning: what does queer mean anyway? And, as a designer, what can I share about it?

Based on references that were important to my personal and academic training, Queer Archive is a digital archive composed of multidisciplinary contents from areas such as sociology, cultural studies, and communication design. Aimed at those who empathize with queer culture, regardless of their affiliation to this community, the project provides an introduction to queer theory, queer culture, and its intersection with design.

These themes give rise to three print publications developed from the selection of the archive’s contents. Firstly, Queer Theory aims to introduce concepts and topics concerning social and cultural conceptions of gender. In turn, Queer Culture evokes subcultures and gender identities in the urban context, assuming that queer communities have been central to the development of the modern city. Finally, Queer x Design addresses DIY editorial practices, such as fanzines developed as platforms for minority affirmation. Drawing inspiration from Paul Soulellis' project What is queer typography?, this publication includes graphic design and communication projects of LGBTQ+ culture.

With this approach, the project seeks to provide tools for constructing narratives that react to the heteronormative models that minorities have always found themselves subjected to. I thus echo the words of Neal Ulrich: ‘’Especially as a gay man, I see these implicit messages as a powerful opportunity to redesign the world in my image – to shed heteronormative and masculinist modes of thinking and doing that are deeply ingrained in society”.

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ARQUIVO QUEER

UM CURRÍCULO IMAGINADO

PALAVRAS-CHAVE

Culture Queer;
Identidades LGBTQ+;
Design Gráfico;
Arquivo;
Currículo.

AUTOR

João dos Santos

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Queer Archive é um arquivo em construção que alimenta a elaboração de num currículo imaginado; um currículo concebido para os meus pares a partir do desejo de contextualizar a comunidade LGBTQ+ no âmbito do design de comunicação. Como membro da comunidade queer e designer, interessa-me questionar: afinal, o que significa queer? E, enquanto designer, o que posso partilhar sobre isso?

Projetado a partir de referências importantes para a minha formação pessoal e académica, Queer Archive resulta num arquivo digital composto por conteúdos multidisciplinares enquadrados em áreas como sociologia, estudos culturais e design de comunicação. Direcionado a quem empatiza com a cultura queer, independente da sua afiliação a esta comunidade, o projeto proporciona uma introdução à teoria queer, à cultura queer e ao seu cruzamento com o design.

Estes temas dão origem a três publicações impressas desenvolvidas a partir da seleção de conteúdos do arquivo. Primeiramente, Teoria Queer pretende introduzir conceitos e tópicos relativos a concepções sociais e culturais de género. Por sua vez, Cultura Queer evoca subculturas e identidades de género no contexto urbano, assumindo que as comunidades queer têm sido centrais para o desenvolvimento da cidade moderna. Por fim, Queer x Design aborda práticas editoriais DIY, como fanzines desenvolvidas enquanto plataformas de afirmação de minorias. Tirando inspiração do projeto de Paul Soulellis What is queer typography?, esta publicação inclui projetos de design gráfico e de comunicação da cultura LGBTQ+.

Com esta abordagem, o projeto procura proporcionar ferramentas para a construção de narrativas que reajam aos modelos heteronormativos a que as minorias sempre se viram sujeitas. Faço assim minhas as palavras de Neal Ulrich: "Especialmente como homem gay, vejo estas mensagens implícitas como uma poderosa oportunidade para redesenhar o mundo à minha imagem – para despojar modos de pensar e fazer heteronormativos e masculinistas que estão profundamente enraizados na sociedade”.

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"COMPUTER SAYS NO"

THE HIDDEN BIASES OF MACHINE LEARNING

KEYWORDS

Machine Learning;
Artificial Intelligence;
Training Data;
Human Labeling;
Algorithmic Bias.

AUTHOR

Marco Alpoim

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The increasing use of artificial intelligence (AI) systems is currently impacting various spheres of contemporary society, from online media to finance, politics, healthcare, or education, leaving few areas untouched. These systems are mostly based on machine learning (ML) algorithms that learn to make decisions towards a particular end, from vast sets of training data. As such, the development of these techniques has grown exponentially with the spread of the Internet and the expansion of social networks. These systems become virtually ubiquitous, broadening the debate about their implications for society.

As we delegate capabilities such as reasoning, learning, pattern recognition, inference or deduction to these systems, the opacity inherent to their complexity often obscures the biases incorporated in their training data or decision-making processes.

The project “Computer says no” takes as its title an expression that satirizes this opacity, seeking to reveal the hidden biases of machine learning. Developed as an evolving, diagrammatic narrative, presented on a website, the project breaks down how human, social, and cultural biases are embedded in training datasets and amplified in the machine learning process.

This approach seeks to promote an informed reflection on the role of the process “biased data in, biased data out” in the propagation of inequalities and forms of social discrimination, considering that, as Kate Crawford explains, “Data and data sets are not objective; they are creations of human design. We give numbers their voice, draw inferences from them, and define their meaning through our interpretations”.

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"COMPUTER SAYS NO"

OS VIESES OCULTOS DA APRENDIZAGEM AUTOMÁTICA

PALAVRAS-CHAVE

Apreendizagem Automática;
Inteligência Artificial;
Dados de Treino;
Etiquetagem Humana;
Viés Algorítmico.

AUTOR

Marco Alpoim

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O crescente uso de sistemas de inteligência artificial (IA) têm atualmente impacto em várias esferas da sociedade contemporânea, desde os media online às finanças, política, saúde ou educação, deixando poucas áreas intocadas. Estes sistemas são, na sua grande maioria, baseados em algoritmos de aprendizagem automática ou machine learning (ML) que aprendem a tomar decisões com vista a um determinado fim, a partir de vastos conjuntos de dados de treino. Como tal, o desenvolvimento destas técnicas teve um crescimento exponencial com a generalização da Internet e expansão das redes sociais. Estes sistemas tornam-se praticamente ubíquos, alargando o debate sobre as suas implicações na sociedade.

À medida que delegamos capacidades como raciocínio, aprendizagem, reconhecimento de padrões, inferência ou dedução a estes sistemas, a opacidade inerente à sua complexidade frequentemente obscurece o viés incorporado nos seus dados de treino ou processos de tomada de decisões.

O projeto “Computer says no” toma por título uma expressão que satiriza esta opacidade, procurando revelar os vieses ocultos da aprendizagem automática. Desenvolvido como uma narrativa evolutiva e diagramática, apresentada num website, o projeto decompõe a forma como o viés humano, social e cultural é incorporado nos conjuntos de dados de treino e amplificado no processo de aprendizagem automática.

Esta abordagem procura promover uma reflexão informada sobre o ciclo “biased data in, biased data out” na propagação de desigualdades e formas de discriminação social, atendendo a que, como explica Kate Crawford, “Os dados e conjuntos de dados não são objetivos; são criações de design humano. Damos aos números a sua voz, deles tiramos inferências, e definimos o seu significado através das nossas interpretações".

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#ACT!

HUMANITARIAN HASHTAG ACTIVISM

KEYWORDS

Social Media;
Social Movements;
Activism;
Human Rights;
Civic Engagement.

AUTHOR

Maria Adriana Marques

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As an integral part of our daily lives, the Internet has become an essential means for obtaining information and communicating with distant, yet close, individuals. The ease of contact and sharing of information and opinions it provides, namely on social or political issues, has the potential to encourage social mobilization. Political activists have turned to the Internet and social networks to share their causes and gain wider support. Thus emerges a form of Internet activism that resorts to the use of social media hashtags to spread a cause and promote civic engagement and social mobilization, creating an engagement chain. However, following a hashtag, as an indicator of adherence to a cause, does not necessarily mean taking concrete action to advance that cause.

#Act!: Humanitarian Hashtag Activism addresses hashtags associated with human rights issues, visualizing their peaks of relevance according to a mapping of the events that popularize them. This visualization is presented on a website allowing a comparison of the temporal evolution of hashtags, which are organized by themes such as Racial Equality, Women's Rights, Political Activism, LGBTQ+ Rights, Disability Rights, Justice, and Solidarity. A brochure complements the website providing information on the hashtags selected according to their relevance and impact, further addressing the motivations and consequences of this form of activism.

Assuming that the hashtag provides a means to localize discourse about a cause and foster its broader discussion, the project provides an overview of humanitarian activism in the context of social media, as essential means for the communication and dissemination of ideas.

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#ACT!

ATIVISMO HASHTAG HUMANITÁRIO

PALAVRAS-CHAVE

Redes Sociais;
Movimentos Sociais;
Ativismo;
Direitos Humanos;
Envolvimento Cívico.

AUTOR

Maria Adriana Marques

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Como parte integrante do nosso quotidiano, a Internet tornou-se num meio essencial para obter informação e comunicar com indivíduos distantes, mas próximos. A facilidade de contacto e partilha de informações e opiniões que proporciona, nomeadamente sobre questões sociais ou políticas, tem o potencial de incentivar a mobilização social. Ativistas políticos viram-se para a internet e redes sociais com o intuito de partilhar as suas causas e obter a adesão mais alargada. Surge, assim, uma forma de ativismo internet que recorre ao uso de hashtags de redes sociais para difundir uma causa e promover envolvimento cívico e mobilização social, criando uma cadeia de envolvimento. Contudo, seguir uma hashtag, como indicador de adesão a uma causa, não significa necessariamente tomar medidas concretas para fazer avançar essa causa.

#Act!: Humanitarian Hashtag Activism aborda hashtags associadas a questões de direitos humanos, visualizando os seus picos de relevância segundo um mapeamento de eventos que as popularizam. Esta visualização é apresentada num website que permite uma comparação da evolução temporal de hashtags, que são organizadas por temas como Igualdade Racial, Direitos das Mulheres, Ativismo Político, Direitos LGBTQ+, Direitos dos Incapacitados, Justiça e Solidariedade. Uma brochura que complementa o website proporciona informações sobre as hashtags selecionadas de acordo com a sua relevância e impacto, abordando as motivações e consequências desta forma de ativismo.

Assumindo que a hashtag proporciona a forma de localizar o discurso sobre uma causa e promover uma discussão ampla, o projeto proporciona uma visão do ativismo humanitário no contexto das redes sociais, como meios essenciais para a comunicação e disseminação de ideias.

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THE POST-THRUTH ISSUE

HOW TO SPOT FAKE NEWS

KEYWORDS

Disinformation;
Fake News;
How-to Guide;
Fact Checking;
Literacy.

AUTHOR

Maria Bento

(OFFLINE)

Post-truth has become a recurrent notion nowadays, signaling a time when facts become less influential in shaping public opinion than appeals to emotion and personal belief. This phenomenon, boosted by online communication technologies and cultural practices promoted by the internet, is often associated with the concepts of disinformation or fake news. These terms evoke the current challenge that journalism faces with the increasing devaluation of facts and their consequent distortion or misrepresentation in order to disinform, that is, to deliberately disseminate false and misleading information.

The Post-Truth Edition is a project that reacts to the current scale and impact of disinformation. The project takes the form of a printed newspaper, evoking the way this news medium is particularly put into crisis in the post-truth era. The newspaper introduces the phenomenon of disinformation and seeks to equip its reader with tools to distinguish information from disinformation by providing tips on How to Spot Fake News.

Based on studies by Paulo Pena on the phenomenon of disinformation as a challenge to journalism, the project seeks to raise awareness of the importance of critically evaluating the information we receive, because “when many opinions are based on falsehoods, prejudices, errors or fallacies, our common life – democracy – is at risk”.

(OFFLINE)

EDIÇÃO PÓS-VERDADE

COMO DETETAR NOTÍCIAS FALSAS

PALAVRAS-CHAVE

Desinformação;
Notícias Falsas;
Guia Prático;
Verificação de Factos;
Literacia.

AUTOR

Maria Bento

(OFFLINE)

Pós-verdade tornou-se uma noção recorrente na atualidade, sinalizando uma época em que os factos se tornam menos influentes na formação da opinião pública do que os apelos à emoção e à crença pessoal. Este fenómeno, potenciado pelas tecnologias de comunicação online e práticas culturais promovidas pela internet, aparece frequentemente associado aos conceitos de desinformação ou notícias falsas. Estes termos evocam o atual desafio que o jornalismo enfrenta com a crescente desvalorização dos factos e sua consequente deturpação ou desvirtuação com o intuito de desinformar, ou seja, deliberadamente disseminar informação falsa e enganosa.

A Edição Pós-Verdade é um projeto que reage à atual escala e impacto da desinformação. O projeto assume a forma de um jornal impresso evocando a forma como este meio noticioso é particularmente posto em crise na era pós-verdade. O jornal introduz o fenómeno da desinformação e procura dotar o seu leitor de ferramentas para distinguir informação de desinformação, proporcionando dicas sobre Como Detetar Notícias Falsas.

Baseado nos estudos de Paulo Pena sobre o fenómeno da desinformação como desafio ao jornalismo, o projeto procura sensibilizar para importância de avaliar criticamente a informação que recebemos, pois, “quando muitas opiniões se baseiam em falsidades, em preconceitos, em erros ou falácias, a nossa vida comum – a democracia – está em risco”.

(OFFLINE)

(UN)ARCHIVING

OPENNESS, DIVERSITY, SHARING

KEYWORDS

Digital Archives;
Collective Memory;
Decolonization;
Inclusivity;
Resistance.

AUTHOR

Mayumi Amaral

+ACCESS THE PROJECT

The archive plays a key role in the construction of collective memory by preserving certain views of history and amplifying certain cultural discourses. As such, it is a device of power and of inevitable exclusion. According to Paul Soulellis, this implies that we “carefully examine our archives and search for lost voices, stories of failure, non-linear trajectories, and other non-conventional perspectives”.

The digitalization of the archive has gradually contributed to its democratization as enhanced by online accessibility and the possibility of shared construction. Mechanisms for accessing, managing, and sharing content, as well as distributed storage, contribute to constructing the archive as the result of a collective and inclusive process. The archive repositions itself, moving away from a centralized structure towards an open, decentralized, and participative structure, permeable to diversity and representativeness.

Building on this idea, (Un)archiving explores how the digital archive can become a means of resistance that, in the words of Abigail De Kosnik, acts as a "supportive infrastructure for groups whose histories and cultures are constantly in danger of being overwritten, forgotten, deleted, or relegated to dark corners by the guardians of 'official' history and culture".

The project addresses this topic through the collection and networked visualization of concepts and characteristics that enable a digital, collaborative, and inclusive archive. With this form of content visualization and exploration, it aims to create a space for reflection on the archive, its limitations and potential, highlighting the role it can play as a device of resistance.

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(DES)ARQUIVAR

ABERTURA, DIVERSIDADE, PARTILHA

PALAVRAS-CHAVE

Arquivos Digitais;
Memória Coletiva;
Descolonização;
Inclusividade;
Resistência.

AUTOR

Mayumi Amaral

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O arquivo desempenha um papel fundamental na construção da memória coletiva ao preservar determinadas visões da história e ao amplificar certos discursos culturais. Como tal, é um dispositivo de poder e de inevitável exclusão. Segundo Paul Soulellis, isto implica que “examinemos cuidadosamente os nossos arquivos e procuremos as vozes perdidas, histórias de fracasso, trajetórias não lineares, e outras perspetivas não convencionais”.

A digitalização do arquivo tem contribuído gradualmente para a sua democratização, potenciada pela acessibilidade online e a possibilidade de construção partilhada. Os mecanismos de acesso, gestão e partilha de conteúdos, bem como o armazenamento distribuído, contribuem para a construção do arquivo como o resultado de um processo coletivo e inclusivo. O arquivo reposiciona-se, afastando-se de uma estrutura centralizada em direção a uma estrutura aberta, descentralizada e participativa, permeável à diversidade e representatividade.

Partindo desta ideia, (Un)archiving explora como o arquivo digital se pode tornar um meio de resistência que, nas palavras de Abigail De Kosnik, atua como uma "infraestrutura de apoio a grupos cujas histórias e culturas estão constantemente em perigo de serem substituídas, esquecidas, apagadas, ou relegadas à obscuridade pelos guardiões da história e da cultura 'oficiais'".

O projeto aborda este tema através da recolha e visualização em rede de conceitos e características que possibilitam um arquivo digital, colaborativo e inclusivo. Com esta forma de visualização e exploração de conteúdos, pretende-se criar um espaço de reflexão sobre o arquivo, suas limitações e potencialidades, destacando o papel que pode desempenhar como um dispositivo de resistência.

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UNPACKING SURVEILLANCE CAPITALISM

AN EXPLORATORY LEXICON

KEYWORDS

Behavioral Data;
Commodification;
Prediction;
Monetization;
Control.

AUTHOR

Mónica Faustino

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Surveillance capitalism describes a form of capitalism based on the profit made from the monetization of users' personal data extracted through technological means. The concept, as described by Shoshana Zuboff, emerges as large technology companies foresee the possibilities of using personal data to target and manipulate consumers, with significant implications for user privacy and societal control.

Today, unwittingly and unknowingly, users of online services provide countless pieces of information about themselves that can be inferred from their clicks, browsing, likes, shares, among other online and offline activities, whether through the use of a search engine or a social network. This data is extracted in its raw form and needs to be refined for a certain purpose, such as making behavioral predictions that become particularly profitable when sold to interested parties. As such, privacy disappears, leaving users vulnerable to manipulation and control.

Unpacking Surveillance Capitalism seeks to promote literacy about this phenomenon through the development of an exploratory lexicon based on the analysis of Shoshana Zuboff's The Age of Surveillance Capitalism. The lexicon is presented in a dynamic diagrammatic structure that allows for the exploration of terms and their definitions, through fluid links between keywords or according to a fixed, hierarchical structure.

With this approach, the project seeks to highlight the main imperatives of surveillance capitalism, informing about the different phases of personal data extraction and its monetization, while making users aware of the main implications of this form of capitalism.

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UNPACKING SURVEILLANCE CAPITALISM

UM LÉXICO EXPLORATÓRIO

PALAVRAS-CHAVE

Dados Comportamentais;
Mercantilização;
Predição;
Monetização;
Controlo.

AUTOR

Mónica Faustino

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O capitalismo de vigilância descreve uma forma de capitalismo baseado no lucro obtido com a monetização dos dados pessoais dos utilizadores extraídos através de meios tecnológicos. O conceito, tal como descrito por Shoshana Zuboff, emerge à medida que as grandes empresas tecnológicas anteveem as possibilidades de utilização de dados pessoais para visar e manipular os consumidores, com implicações significativas para a privacidade dos utilizadores e controlo da sociedade.

Hoje em dia, inadvertida ou inconscientemente, os utilizadores de serviços online fornecem inúmeras informações sobre si próprios que podem ser inferidas a partir dos seus cliques, navegação, gostos, partilhas, entre outras atividades online e offline, seja através do uso de um motor de pesquisa ou de uma rede social. Estes dados são extraídos na sua forma bruta e precisam de ser refinados para um determinado fim, tal como a elaboração de previsões comportamentais que se tornam particularmente rentáveis quando vendidas a partes interessadas. Como tal, a privacidade desaparece, deixando os utilizadores vulneráveis à manipulação e ao controlo.

Unpacking Surveillance Capitalism procura promover a literacia sobre este fenómeno através da elaboração de um léxico exploratório baseado na análise da obra de Shoshana Zuboff, The Age of Surveillance Capitalism. Este léxico é apresentado numa estrutura diagramática dinâmica que permite a exploração dos termos e suas definições, através de ligações fluídas entre palavras-chave ou segundo uma estrutura fixa e hierarquizada.

Com esta abordagem, o projeto procura evidenciar os principais imperativos do capitalismo de vigilância, informando sobre as diferentes fases da extração de dados pessoais e sua monetização, ao mesmo tempo que sensibiliza os utilizadores para as principais implicações desta forma de capitalismo.

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POST-(INTER)NET.ART

A JOURNEY OF DUALITIES

KEYWORDS

Post-Internet;
Media;
Art;
Culture;
Aesthetics.

AUTHOR

Pedro Pereira

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The term Post-Internet refers to an artistic and critical trend that addresses the impact of the Internet on art and culture. In this sense, 'post' does not necessarily imply a time after the Internet, but rather about the Internet, related to a change in artistic stance towards the Internet. While Net Art of the late 1990s used the Internet primarily as a medium, post-Internet practices use both online and offline formats to engage with digital culture, the corporatization of the web, and the cultural and social effects of ubiquitous networking.

As Domenico Quaranta points out, “After the dot.com bubble and with the arrival of the Web 2.0, the internet started to be perceived less as a medium and more as a key part of our daily lives; less as a utopia to construct together, and more as a dystopia we are all part of, but that still provides interesting opportunities for networking and community making, and an unprecedented tool for “surfing” reality and getting a better understanding of it”.

Post-(Inter)Net.Art explores the dualities inherent to this transition through a three-dimensional online environment, whose content, visual characteristics, and dynamics provide clues on the evolution of artistic approaches to the Internet.

Inspired by Guthrie Lonergan's Hacking vrs. defaults table, the project addresses the gradual constraint of the user’s creative freedom, which shifts the creative focus from "my" to "me". While the early web allowed for something constructed by the individual, Web 2.0 is governed by content creation about the individual. Consequently, before the massive impact of the Internet on culture, as Michael Connor points out, the artistic stance shifts from "being a content-creating user oneself" to "coming to grips with user-generated content".

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POST-(INTER)NET.ART

UMA VIAGEM DE DUALIDADES

PALAVRAS-CHAVE

Pós-Internet;
Media;
Arte;
Cultura;
Estética.

AUTOR

Pedro Pereira

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O termo Pós-Internet refere-se a uma tendência artística e crítica que aborda o impacto da Internet na arte e na cultura. Neste sentido, ‘pós’ não implica necessariamente um tempo depois da Internet, mas sim sobre a Internet, relacionado com uma mudança na postura artística perante a Internet. Enquanto a Net Art do final dos anos 1990 utilizava a Internet principalmente como um meio, as práticas pós-Internet utilizam formatos online e offline para se envolverem com a cultura digital, a corporativização da web, e os efeitos culturais e sociais da ubiquidade de redes computacionais.

Como Domenico Quaranta salienta, "Depois da bolha dot.com e com a chegada da Web 2.0, a Internet começou a ser vista menos como um medium e mais como uma parte integrante da nossa vida quotidiana; menos como uma utopia a construir em conjunto, e mais como uma distopia de que todos fazemos parte, mas que ainda oferece oportunidades interessantes para a criação de redes e comunidades, e uma ferramenta sem precedentes para ‘navegar’ a realidade e obter uma melhor compreensão da mesma".

Post-(Inter)Net.Art explora as dualidades inerentes a esta transição através de um ambiente tridimensional online, cujo conteúdo, caracterização visual e dinâmica proporcionam pistas sobre a evolução das abordagens artísticas à Internet.

Inspirado na tabela de dualidades Hacking vrs. defaults de Guthrie Lonergan, o projeto aborda o gradual condicionamento da liberdade criativa do utilizador, que transfere o foco criativo do “meu” para o “eu”. Enquanto a web inicial permitia algo construído pelo indivíduo, a Web 2.0 rege-se pela criação de conteúdo sobre o indivíduo. Consequentemente, perante o impacto massivo da Internet na cultura, como Michael Connor salienta, a postura artística passa de "ser um utilizador-criador de conteúdos" para "lidar com conteúdos gerados pelo utilizador".

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DISINFORMATION DISSEMINATION

THE LAYERS OF ONLINE DISINFORMATION

KEYWORDS

Motivations;
Effects;
Agents;
Social Media;
Artificial Intelligence.

AUTHOR

Teresa Rahovan

(OFFLINE)

The spread of online disinformation has seen a significant increase in recent years, contaminating social networks as a context in which propaganda and opinion often overlap with information and news. We now see the propagation of different types of disinformation, including deceitful information, fake news, or conspiracy theories, which are micro-targeted towards receptive audiences or those more vulnerable to manipulation. This phenomenon involves the combination of a human layer and a computational layer, including agents such as bots and trolls that become allies in the process of disseminating disinformation, with profit as the main motivation.

Disinformation Dissemination explores and exposes The Layers of Online Disinformation, addressing the main motivations, agents, and effects of disinformation, as well as the use of machine learning techniques in its dissemination process. The project deconstructs these layers in a webpage that allows us to understand their articulation and that includes information about their constituent elements in diagrammatic representations, which are available for download and printing.

Given the current scale and social, cultural, and political impact of disinformation dissemination, the project seeks to provide a brief and immediate introduction to this phenomenon.

(OFFLINE)

DISSEMINAÇÃO DE DESINFORMAÇÃO

AS CAMADAS DA DESINFORMAÇÃO ONLINE

PALAVRAS-CHAVE

Motivações;
Efeitos;
Agentes;
Redes Sociais;
Inteligência Artificial.

AUTOR

Teresa Rahovan

(OFFLINE)

A disseminação de desinformação online tem visto um aumento significativo nos últimos anos, contaminando as redes sociais como um contexto em que a propaganda e a opinião se sobrepõem frequentemente à informação e às notícias. Assistimos à propagação de diferentes tipos de desinformação, incluindo informação enganosa, notícias falsas, ou teorias de conspiração, que são micro-direcionadas para audiências recetivas ou mais vulneráveis à manipulação. Este fenómeno envolve a combinação de uma camada humana e uma camada computacional, incluindo agentes como bots e trolls que se aliam no processo de disseminação da desinformação, tendo o lucro como principal motivação.

Disinformation Dissemination explora e expõe As Camadas da Desinformação Online, abordando as principais motivações, agentes e efeitos da desinformação, bem como o uso de técnicas de aprendizagem automática no processo da sua disseminação. O projeto decompõe estas camadas numa página web que permite perceber a sua articulação e que inclui informação sobre os seus elementos constituintes em representações diagramáticas, disponíveis para download e impressão.

Dada a escala atual e o impacto social, cultural e político da disseminação da desinformação, o projeto procura proporcionar uma breve e imediata introdução a este fenómeno.

(OFFLINE)